Cooperativa dos Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) começa a testar na próxima semana um protótipo diferenciado para coleta de materiais recicláveis na cidade.
O modelo chamado Cavalo de Lata foi apresentado para a comunidade no final da tarde da última quinta-feira, 20, na Praça da Bandeira.
Na tentativa de encontrar soluções sociais para o trânsito, para os catadores e contra os maus-tratos a cavalos, a ideia do protótipo nasceu em 2012.
O Cavalo de Lata é um protótipo inovador, que propõe melhorar a vida dos catadores, dos cavalos e do trânsito de Santa Cruz do Sul
O engenheiro Jason Duani Vargas, responsável pela criação do Cavalo de Lata, conta que a paixão da sua namorada pelos animais, associado à viagens feitas ao exterior, contribuíram para a idealização do projeto.
“Na Europa e Ásia, podemos ver alguns exemplos de coletas feitas por meio de sistemas que utilizam modelos elétricos, mas procurei criar algo diferenciado”, comenta Jason.
No contexto de um mundo sustentável, o Cavalo de Lata procura contribuir com a inclusão social e valorização dos trabalhadores da Coomcat. Além disso, busca uma solução para o trânsito, já que a velocidade limitada possibilita mais segurança para todos.
Sem a utilização de tração animal, evita-se também acidentes com cavalos soltos nas vias públicas. O projeto ainda vai ao encontro do combate aos maus-tratos de equinos e em favor da saúde pública, pois a eliminação das fezes pelas ruas evita a disseminação de doenças.
60 quilômetros de autonomia
O Cavalo de Lata é feito com aço carbono, pesa 180 quilos e tem capacidade para transportar 350 quilos. Atinge velocidade máxima de 20 quilômetros por hora, com freio a disco nas quatro rodas e suspensão a molas com amortecedor. O motor elétrico, movido por duas baterias, evita a necessidade de esforço físico, embora haja pedais para auxiliar na tração. A autonomia é de 60 quilômetros, enquanto o tempo de recarga está estimado entre seis a oito horas.
VANTAGENS DO CAVALO DE LATA
MAUS TRATOS -Não usa tração animal, não existem maus tratos.
TRÂNSITO - Velocidade limitada, segurança, sinalização
eficiente. Não existirá risco de acidentes com animais soltos nas vias
públicas.
DOENÇAS -Não usa força animal, portanto não existirão fezes
nas ruas, evitando assim, a disseminação de doenças.
SOCIEDADE-Inclusão social , valorização e organização da categoria, pois os catadores se sentirão bem.
Isso acontece com o pobre do animal, imagem triste!
Liberdade
